Todo o nosso eu é construído do emocional. E a soma dos acontecimentos, o tamanho deles, a forma ou o momento em que chegam, criam barreiras entre nós e os outros, às vezes, nós e o mundo.
Quando faz frio no coração, nós nos afastamos de tudo aquilo que poderá tocá-lo. Criamos um muro invisível para protegê-lo e proteger-nos, duvidamos das pessoas, da sinceridade delas, das suas boas intenções.
Esses invernos rigorosos da vida fazem com que nos sintamos mais sós, nos esquecemos de olhar um pouco para fora e olhamos muito para dentro. E quanto mais pensamos nas nossas tristezas, mais tristes nos sentimos, o que cria esse círculo vicioso do qual é difícil se livrar.
E quando esses períodos de festas se aproximam em que todos falam tanto de amor, solidariedade, perdão e compreensão, os que possuem o coração apertado o sentem mais pequenininho ainda.
Uma maneira de reverter essa situação, é oferecer o que precisamos. Mudando a nossa mentalidade, mudamos o mundo. Para abrir o coração das pessoas, precisamos abrir o nosso.
São as nossas mãos que devem derrubar as primeiras barreiras que nos separam das pessoas e da vida. É a luz que possuímos que deve ser a primeira a nos aquecer, a iluminar os nossos passos, ninguém pode ver por nós, caminhar por nós e menos ainda sentir por nós.
Quando fazemos pelos outros, estamos concentrando as nossas energias em algo externo a nós e quando pensamos menos na carga que carregamos, ela parece mais leve, mais suportável.
Quando faz frio no nosso coração, devemos agasalhá-lo para que ele passe melhor pelo inverno, que passará, como passam todas as outras estações.
Aquele que aprende a plantar uma flor, planta muito mais que uma flor, ele faz nascer a esperança no mundo.
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