sábado, 18 de julho de 2009

Mathieu Ricard - O homem mais feliz do mundo?

O homem mais feliz do mundo?
…Para os cientistas, ele é o homem mais feliz do mundo. O seu nível de controlo da mente é impressionante e os impulsos positivos do seu cérebro estão fora de escala.
Matthieu Ricard, de 60 anos, um académico Francês que se tornou monge Budista, partilha o seu segredo para fazer do mundo um lugar feliz.
O truque, na sua opinião é colocar algum esforço nisso.
Em essência, a felicidade é uma faculdade que precisa de ser aprendida.

Matthieu Ricard, que é o intérprete francês do líder espiritual Tibetano, de Dalai Lama, toma parte em testes para mostrar que o cérebro treinado na via da meditação pode causar uma muito forte mudança nos níveis de felicidade.

MRI (Imagem de Ressonância Magnética) mostram que ele e outros meditadores de longo termo – que completaram mais de 10.000 horas de meditação cada – experienciaram um elevado nível de “emoções positivas” no córtex pré-frontal esquerdo do cérebro, o qual está associado com a felicidade. O lado direito, que coordena os pensamentos negativos, apresenta-se suprimido.

Outros estudos mostram que mesmo noviços com apenas poucas praticas de meditação, incrementaram os seus níveis de felicidade.
Mas Matthieu Ricard superou todos os envolvidos nos testes realizados.
Desde 2000, Matthieu Ricard tem sido um membro activo do instituto “Mind and Life” e participa em investigações científicas actuais sobre o Treino da Mente e Plasticidade Mental dirigidas pelo cientista em cognição Professor Richard J. Davidson, um dos investigadores de vanguarda ao nível mundial no campo da neuroplasticidade.
Na Universidade do Wisconsin, os investigadores ligaram 256 sensores ao seu crânio e colocaram Matthieu Ricard num Criador de Imagens por Ressonância Magnética Funcional (fMRI). As imagens de Ressonância Magnética Funcional (MRI) de Matthieu mostraram o mais alto nível de actividade alguma vez gravado no córtex pré-frontal esquerdo, a área do cérebro associada com a emoção positiva.
Com uma amplitude de escala que variava entre +0.3 a -0.3 (beatífico) os resultados de Matthieu Ricard situaram-se de facto fora da escala por mais de -0.45.
Foi a primeira vez no mundo que isto aconteceu!!!
Matthieu Ricard é o co-director do mosteiro Budista de Shechen no Nepal.
Dedica integralmente as suas actividades à realização da visão de Khyentse Rinpoche.

“A mente é maleável, a nossa vida pode ser grandemente transformada pelo modo como nós trabalhamos os nossos pensamentos e percepções e como interpretamos o mundo.
A felicidade é um conhecimento que requer esforço e tempo”.

Matthieu Ricard nasceu em França em 1946. O seu pai, Jean-François Revel, foi um reverenciado filósofo, escritor, jornalista e membro da prestigiada Academia Francesa, que é uma associação dos intelectuais franceses mais notáveis.
A sua mãe, Yahne Le Toumelin, é uma pintora.
Ele cresceu no seio das ideias e personalidades dos círculos intelectuais de Paris.Ele estudou música clássica, ornitologia e fotografia. Entre o seu círculo de amigos encontravam-se pessoas como Luis Buñuel, Igor Stravinsky e Henri Cartier-Bresson.
Fez o seu doutoramento em genética celular no Instituto Pasteur, sob a orientação do laureado com o Nobel, François Jacob. Após ter completado a sua tese de doutoramento em 1972, Matthieu Ricard decidiu abandonar a sua carreira científica e concentrar-se nos estudos do Budismo Tibetano.
Matthieu Ricard vive nos Himalaias desde 1972 e é monge budista no mosteiro de Shechen no Nepal há 37 anos. Ele já conheceu os maiores mestres vivos e tornou-se aluno e assistente de Dilgo Khyentse Rinpoche, um dos mestres tibetanos mais eminentes e uma das luzes do nosso tempo, até à passagem de Rinpoche em 1991.
Desde 1989 tem acompanhado Sua Santidade o Dalai Lama nas suas deslocações a França como seu tradutor pessoal.
Foi-lhe atribuída, pelo presidente François Miterrand, a Ordem Nacional de Mérito Francesa pelo seu envolvimento e os seus esforços para preservar as culturas dos Himalaias. Matthieu Ricard cedeu todos os seus direitos de autor em benefício dos seus projectos humanitários no Tibete, Nepal e Índia.
Matthieu Ricard é um autor “best-seller”.
Já editou e traduziu inúmeros livros sobre Budismo Tibetano e tem sido altamente elogiado pelo seu conhecimento da religião e cultura tibetanas.
É o autor de: “The Mystery of Animal Migration”, Hill & Wang, NY, 1969; “O Monge e o Filósofo - O Budismo hoje” , Matthieu Ricard e Jean-François Revel , Edições ASA, 1998 (tradução portuguesa), é um livro best-seller traduzido em vinte e uma línguas, escrito sob a forma de um diálogo entre si e o seu pai, o filósofo francês Jean-François Revel; “O Infinito na Palma da Mão”, Matthieu Ricard e Trinh Xuan Thuan, Editorial Notícias, 2001 (tradução portuguesa), apresenta uma conversação profunda com o astrofísico Trinh Xuan Thuan. De acordo com Sua Santidade o Dalai Lama é “o rico e inspirador resultado de um profundo e interessante diálogo entre a ciência ocidental e a filosofia budista. Este livro notável contribuirá grandemente para um melhor entendimento da verdadeira natureza do nosso mundo e o modo como vivemos as nossas vidas.”
Também publicou os seguintes livros: “The Spirit of Tibet”, 2001, (também em vídeo), sobre a vida do mestre Dilgo Khyentse Rinpoche; “Monk Dancers of Tibet”, Shambhala Publications, 2003; em colaboração com outros autores, o livro de fotografias “Buddhist Himalayas”, Harry N Abrams Inc, 2002, e numerosas traduções de textos Tibetanos, incluindo “The Life of Shabkar, The Autobiography of a Tibetan Yogin”, Snow Lion Publications, 2001 e “The Heart Treasure of the Enlightened Ones - The Practice of View, Meditation, and Action”, Boston, Shambhala Publications, 1993.
As fotografias de Matthieu Ricard de mestres espirituais extraordinários, as gentes e as paisagens dos Himalaias apareceram internacionalmente em numerosos livros e revistas.
Henri Cartier-Bresson disse do seu trabalho “A vida espiritual de Matthieu e a sua câmara são uma só. Dela brotam estas imagens, fugazes e eternas”.
Matthieu Ricard passa vários meses por ano no Tibete implementando projectos de caridade, os quais deram origem há construção de dezasseis clínicas e sete escolas – incluindo uma para oitocentas crianças.
Todo este trabalho foi realizado nos distritos desesperadamente pobres situados a grande altitude nos Himalaias. Para além disto, Matthieu Ricard foi responsável pela construção de orfanatos, programas para várias centenas de idosos e nove pontes.

Fotografia de Matthieu Ricard no âmbito do projecto Karuna- Sechen.
Descrição: "Petite fille tibétaine nomade de la région de Tsatsa, Tibet oriental. Son sourire accompagne maintenant l'image de la fondation Karuna".

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