terça-feira, 30 de junho de 2009

amor / música


"O amor é a melhor música
na partitura da vida.
Sem ele você será um eterno desafinado
no imenso coral da humanidade."

(Roque Schneider )

sábado, 27 de junho de 2009

as sem razões do Amor

Eu te amo porque te amo.

Não precisas ser amante,
e nem sempre sabes sê-lo.
Eu te amo porque te amo.
Amor é estado de graça
e com amor não se paga.

Amor é dado de graça,
é semeado no vento,
na cachoeira, no eclipse.
Amor foge a dicionários
e a regulamentos vários.

Eu te amo porque não amo
bastante ou de mais a mim.
Porque amor não se troca,
não se conjuga nem se ama.
Porque amor é amor a nada,
feliz e forte em si mesmo.

Amor é primo da morte,
e da morte vencedor,
por mais que o matem (e matam)
a cada instante de amor.

Carlos Drummond de Andrade in "O Corpo"

Uma após uma...

Uma após uma as ondas apressadas
Enrolam o seu verde movimento
E chiam a alva 'spuma
No moreno das praias.
Uma após uma as nuvens vagarosas
Rasgam o seu redondo movimento
E o sol aquece o 'spaço
Do ar entre as nuvens 'scassas.
Indiferente a mim e eu a ela,
A natureza deste dia calmo
Furta pouco ao meu senso
De se esvair o tempo.
Só uma vaga pena inconsequente
Pára um momento à porta da minha alma
E após fitar-me um pouco
Passa, a sorrir de nada.

sexta-feira, 26 de junho de 2009

Truques e boa música...

you tube - Shawn Farquhar - shape of my heart - Sting

quarta-feira, 24 de junho de 2009

segunda-feira, 22 de junho de 2009

domingo, 21 de junho de 2009

Seeds of Light

you tube - Seeds of Light

Se tu me cativares...

"Quem és tu? - perguntou o principezinho.- Tu és bem bonita...
__Sou uma raposa, disse a raposa.

__Vem brincar comigo, propôs o principezinho. Estou tão triste...

__Eu não posso brincar contigo, disse a raposa. Não me cativaram ainda.

__Ah!desculpa, disse o principezinho.

Após uma reflexão, acrescentou:

__Que quer dizer "cativar"?

__Tu não és daqui, disse a raposa. Que procuras?

__Procuro os homens, disse o principezinho.
Que quer dizer "cativar"?

__Os homens, disse a raposa, têm fuzis e caçam. É bem incómodo! Criam galinhas também. É a única coisa interessante que eles fazem.Tu procuras galinhas?

__Não, disse o principezinho. Eu procuro amigos.
Que quer dizer "cativar"?

__É uma coisa muito esquecida, disse a raposa. Significa "criar laços...".

__Criar laços?

__Exactamente, disse a raposa.Tu não és ainda para mim senão um garoto inteiramente igual a cem mil outros garotos. E eu não tenho necessidade de ti. E tu não tens necessidade de mim.
Não passo a teus olhos de uma raposa igual a cem mil outras raposas.
Mas se tu me cativas, nós teremos necessidade um do outro.
Serás para mim único no mundo.
E eu serei para ti única no mundo..."

Excerto de O Principezinho" de Antoine de Saint-Exupéry

Sabedoria

Há três métodos para ganhar sabedoria:
primeiro, por reflexão, que é o mais nobre;
segundo, por imitação, que é o mais fácil;
e terceiro, por experiência, que é o mais amargo.

Confúcio

Voltar...

Uma vez tendo experimentado voar, caminharás para sempre sobre a Terra de olhos postos no Céu, pois é para lá que tencionas voltar.

Leonardo da Vinci

sábado, 20 de junho de 2009

Just like heaven...

you tube - Katie Melua - Just like heaven

conVERSOSando...IMAG(ENS)inando...

De palavra em palavra
a noite sobe
aos ramos mais altos

e canta
o êxtase do dia.
Eram de longe.
Do mar traziam
o que é do mar: doçura
e ardor nos olhos fatigados.

Sê paciente; espera
que a palavra amadureça
e se desprenda como um fruto
ao passar o vento que a mereça.

sexta-feira, 19 de junho de 2009

Limpar a mente - explicação...exercício

Limpe sua mente com um imagens e sons neuroacústicos tecnicamente potentes

Para que serve este exercício de 7 minutos?

Serve como um recurso para você limpar, reciclar, reprogramar a sua mente substituindo as imagens impressas do nosso violento cotidiano atual por imagens que desencadeiam bons sentimentos, paz, relaxamento e bem estar.

Como nos aparelhos sofisticados onde temos um mecanismo que limpa e organiza a memória dos dados gravados no mesmo, este exercício tem o objetivo de trazer de volta ao imaginário humano imagens onde a natureza exibe com força e seu poder curativo através da beleza, suavidade, esperança, luz, amor, trazendo a todos nós paz e calma, abrindo no imaginário de cada um encantadoras possibilidades de criar um mundo original e novo.

Usufrua deste exercício sempre que sentir que pensamentos repetitivos negativos ocorrem em sua mente e deixe-se levar pelo som e pelas imagens pelo menos uma vez por dia. Preferencialmente antes de deitar.

Desfrutar deste recurso pode ser extremamente útil se você tiver sido ‘impactado’ por cenas estressantes, depois de assistir aos jornais da televisão, os programas com cenas de agressão e violência, a filmes com cenas que desrespeitem a ordem natural da beleza, da bondade e do amor.

Atitude para realizar o exercício:Coloque sua intenção nesta visualização. Utilize um fone de ouvido para que o som atue de forma eficiente. Sente-se confortavelmente, respire algumas vezes para se sentir relaxado e depois faça o seguinte quando a o som começar:

1. Pisque os olhos, seis vezes, a cada imagem ou bata gentilmente suas mãos sobre suas pernas enquanto assiste as imagens.

2. Visualize estas imagens quantas vezes quiser por dia. Quanto mais, melhor.

3. Num momento de aflição ou quando uma imagem forte e destrutiva atingir você durante o dia (uma notícia de TV, um acontecimento que causou impacto), imagine que a imagem negativa está sendo retirada da sua mente pelo lado esquerdo e puxe pelo lado direito uma das imagens que assistiu na tela.

4. Faça conexões entre as imagens e seus sentimentos e/ou desejos pessoais. Por exemplo: ao visualizar uma rosa imagine-se colocando esta rosa no coração de quem você ama muito... ou de quem precisa pedir perdão ou mesmo perdoar.

5. Se possível utilize este recurso antes de dormir. Propositalmente como se fosse este seu último gesto do dia.

6 Não se esqueça que usar o fone de ouvido. Isso torna o resultado ainda mais efetivo.

somostodosum -Izabel Telles

Agradecimentos:- Dr. Marcelo Peçanha de Paula que sonorizou as imagens com sua técnica revolucionária de estimular as diferentes regiões do cérebro – a neuroacústica.

Limpando a mente...

you tube - limpando a mente

O Prazer de Viver

A essência da vida está nos detalhes singelos. Um olhar terno, um meio sorriso de lado. Pensamentos mil. Um amor que ainda não se descobriu. Olhos nos olhos. Mãos entrelaçadas. A emoção do encontro. O primeiro beijo! Coração saltando da boca... Ciúmes, possessividade, sufoco! O primeiro amor passou. Mas a vida continua... E cada vez que acontece, o sabor de felicidade é o mesmo. Existem mil maneiras de amar diferentes pessoas em momentos distintos. E tudo é amor...

Aquela lágrima no canto do olho brilhando como diamante, querendo falar. Abraço apertado. Uma flor colhida no campo. Uma carta lida mil vezes. Uma única palavra, mas tão cheia de significados. E o sentimento é o mesmo... Relacionamentos. À espera do príncipe encantado? Isto existe? Aceitar que somos seres humanos, com qualidades e defeitos. Entender que as mulheres merecem crescer profissionalmente mexe com a cabeça de muitos homens.

Uma amizade sincera muitas vezes nem precisa falar. Basta compreender. Apoio e incentivo são qualidades preciosas. E pouco valorizadas. A lei do materialismo pode vencer? Não sei, depende de você... Rever conceitos, descobrir as pequenas coisas que têm muito valor. Um gesto terno. Uma palavra cheia de gratidão! Não tem preço... Uma música maravilhosa que faz sonhar. O livro com os segredos deliciosos a cada página. A descoberta de nossa alma. Sem máscaras...

O filho, voando nos braços com a energia do amanhã. Os primeiros passos. A mãozinha buscando segurança e amor. Um sopro de alegria no corre-corre diário, varrendo a ansiedade com a sua inocência. Transformar os problemas em fatos insignificantes. A voz de anjo iluminando seu caminho. Riso infantil. Curta estes momentos! Eles passam rápido... E não voltam mais.

Mostrar que é homem adulto. Não demonstrar emoções porque não fica bem. O pai faz a viagem eterna e fica o gosto amargo na boca: precisava de tão pouco para dizer que o amava... E agora, já é tarde. As tentativas dele de sugerir um diálogo esbarravam sempre no sem tempo. E a solidão, mesmo em grupo, mata em vida! Abrace seu pai, mostre que o ama. Demonstre gratidão, pois ele fez o melhor que podia. Ele ama você!

E a chuva que traz novas energias? Uma cachoeira cheia de alto-astral! Cheiro de grama... Deitar no pé de uma árvore. Contar estrelas no céu. As nuvens contando histórias. O sabor do mar... A textura da areia sob os pés convidando a um passeio mágico. Pôr-do-sol, aconchegante e romântico! Ver o sol nascer. Sentir a brisa no rosto! Conversar com as borboletas. Ver o colorida das flores. Perceber que o verde tem mil tons. Captar a essência da Vida!

Amar viver!
somostodosum - Mon Liu

quinta-feira, 18 de junho de 2009

Valorize a Vida!

Se as pessoas não reconhecem o valor de uma jóia, não se preocupe.
Valorize-se! Aqueles que esperam ser reconhecidos pelos outros não se valorizam. O desejo de reconhecimento reduz o seu valor.
Deus diz: Filho, não se esqueça de que um diamante não pode ficar escondido.
Você não pode cobrir o sol. O sol certamente vai brilhar.
Sentir-se negligenciado não é correto. Então olhe para si mesmo, cheque o seu estado interno e aumente o brilho da jóia.

Brhama Kumaris

Mentalize: Eu sou o que sou, um ser divino, iluminado, uma centelha de Luz e do Amor de Deus!

Lições do Tempo e da Vida

Ah, a música!
Pode falar de amor.
Ou de dor.
Mas sempre vem do coração.

O tempo não pára...
Assim como o músico;
Que continua compondo, além...
Dia sim, dia não, tem som!

Nada é como antes...
Nunca é!
Porque o tempo não pára...
E eu vou junto.

O sol levanta-se, lindo.
Mas quem aprecia o milagre?
Parece só mais um dia...
Mas é a vida explodindo em luz.

Ah, a lua ascendeu no firmamento.
Mas quem aprecia a bela?
Parece só mais uma noite...
Mas os poetas e os músicos a conhecem.
Eles sentem alguma coisa,
Dentro do coração.
E poucos entendem isso.
Eles estão grávidos de poemas e músicas.

O tempo não pára...
E tudo acontece.
Às vezes chove; outras vezes, não.
E tudo é milagre da vida.

Ah, quem sabe amar?
Não quem só diz que ama.
Mas quem vê o milagre do amor,
Fazendo o próprio peito virar sol.

Quem morre mesmo?
Talvez os que não se realizam.
Os mesmos que não vêem milagres
Nas coisas simples da vida.

Talvez haja vida nessa vida...
Porque, além dela, isso é certo.
Assim como era antes.
Pois o tempo não pára...

E quem pode provar isso?
Quem não aprecia a vida, aqui e agora,
Também não fará isso depois da morte.
Sem ver o milagre, o espírito fica pobre.

E que milagre é esse?
O de transformar água em vinho?
Ou aquele de conhecer a si mesmo,
Para, assim, reconhecer a vida?

Ah, a música!
Pode até falar de vida além da vida...
De vida antes da vida...
E de vida, na vida mesma...

O tempo não pára...
Os poetas e os músicos sabem disso.
E sempre procuram a lição de cada dia.
Que sempre vira poema ou canção.

Para registrar o milagre da vida.
E acordar os que não vivem.
Para olhar as flores e os amores
Florescendo nos jardins e nos corações.

Ah, quem não sabe rir, fica doente.
E, assim, não vê milagre em nada.
Quem não sabe amar, perde a luz.
E a vida acaba antes da morte.

E não é depois que se conserta isso!
É agora mesmo, numa simples canção.
Pois o tempo não pára...
E tudo é lição... As flores, os amores, e a vida.

Ah, nem mesmo os poetas e os músicos
Sabem bem o que rola...
Eles são médiuns de algo mais...
Que entrega a mensagem em seus corações.

Que lhes inspira a falar de milagres
Nas coisas simples da vida.
Que lhes fala de belezas além...
Para quem já vê beleza no aqui e agora.

Ah, a música!
Pode falar de amor.
E até de vida, antes, agora, e depois...
Sempre vida.

O tempo não pára...
E tudo é lição;
Para quem vê milagres em seu próprio coração.
E admira a vida, antes, agora, e sempre...

Ah, quem sabe o que rola?...
Os poetas e os músicos só escrevem, e se encantam
Com a mensagem que desce em seus corações,
E que diz, "que todo tempo é tempo de crescer!"

P.S.:O tempo não pára...
E quem ama, sabe.
E, amando, vive.
E vivendo, compreende...
Que, aqui e agora, ou depois,
A vida segue...
E, lá em cima, o Papai do Céu continua rindo, e dizendo:
"Todo tempo é tempo de crescer!"

quarta-feira, 17 de junho de 2009

Alma

Há almas que têm
As dores secretas
As portas sempre abertas
Sempre pra dor
Há almas que têm
Juízo e vontades
Alguma bondade
E algum amor
Há almas que têm
Espaços vazios
Amores vadios
Restos de emoção
Há almas que têm
A mais louca alegria
Que é quase agonia
Quase profissão

A minha alma tem
Um corpo moreno
Nem sempre sereno
Nem sempre explosão
Feliz esta alma
Que vive comigo
Que vai onde eu sigo
O meu coração

you tube - Simone B. O.1982 (Sueli Costa/AbelSilva)- Alma

Vá em busca da chama...

Lao Shi perguntou a seu mestre, Wang Tei:

- O que devo fazer para ficar mais próximo de Deus?

Wang Tei pediu que ele o acompanhasse até o alto de uma montanha. Ali, tirou uma vela do bolso e deu para que seu dis­cípulo acendesse.

Lao Shi tentou várias vezes, sem resultado.

- Aqui venta muito, não vou conseguir.

- Mas, a três quilômetros daqui não está ventando.

- De que adianta? Eu precisaria andar até lá, se quisesse acender a vela num lugar onde não está ventando.

- Da mesma maneira, para iluminar a chama de Deus dentro de você, é preciso caminhar até Ele.

Golfinhos

"Os golfinhos brincam com anéis prateados de ar, os quais eles têm a habilidade de fazer debaixo de água para brincar. Não se sabe como eles aprenderam, ou se é uma capacidade inata desta espécie. Como por magia o golfinho faz um flip rápido com a cabeça e aparece um anel prateado de ar à frente do bico.
O anel de ar tem a forma sólida de uma bolha em formato de donut, mas não sobe à superfície da água, ninguém sabe o porquê! Permanece na água como uma porta mágica para uma dimensão invisível. Depois o golfinho puxa um "donut" prateado de ar pequeno do anel maior.
Olhando para o anel torcido uma última vez, é retirada uma parte, fazendo com que o anel pequeno de ar colapse em milhares de pequenas bolhas que vão para a superfície da água. Após alguns momentos o golfinho cria outro anel de ar para brincar."


you tube - Golfinhos

domingo, 14 de junho de 2009

Sentindo...o INFINITO...Oceano...

you tube - Era - Infinity ocean

Reflectindo...

Existem muitas coisas na tua vida
que irão surpreender os teus olhos,
mas poucas coisas irão surpreender
o teu coração...

Observa à tua volta e sê agradecido
por tudo o que tens nesta vida passageira...

Nós somos afortunados,
nós temos muito mais
do que precisamos para sermos felizes...

Vamos reclamar menos e dar mais!

Onde você vê

Onde você vê um obstáculo,
alguém vê o término da viagem
e o outro vê uma chance de crescer.

Onde você vê um motivo pra se irritar,
alguém vê a tragédia total
e o outro vê uma prova para sua paciência.

Onde você vê a morte,
alguém vê o fim
e o outro vê o começo de uma nova etapa.
Onde você vê a fortuna,
alguém vê a riqueza material
e o outro pode encontrar por trás de tudo, a dor e a miséria total.

Onde você vê a teimosia,
alguém vê a ignorância,
um outro compreende as limitações do companheiro,
percebendo que cada qual caminha em seu próprio passo,
e que é inútil querer apressar o passo do outro,
a não ser que ele deseje isso.
Cada qual vê o que quer, pode ou consegue enxergar.

Porque eu sou do tamanho do que vejo.
E não do tamanho da minha altura.

sábado, 13 de junho de 2009

O que é o que é....A Vida

you tube - Maria Bethânia - O que é o que é

O meu sol...que bela coisa!

O sole mio

you tube - O sole mio - Versão 3 jovens

quinta-feira, 11 de junho de 2009

Contemplo o que não vejo

Contemplo o que não vejo.
É tarde, é quase escuro.
E quanto em mim desejo
Está parado ante o muro.

Por cima o céu é grande;
Sinto árvores além;
Embora o vento abrande,
Há folhas em vaivém.

Tudo é do outro lado,
No que há e no que penso.
Nem há ramo agitado
Que o céu não seja imenso.

Confunde-se o que existe
Com o que durmo e sou.
Não sinto, não sou triste.
Mas triste é o que estou.

Fernando Pessoa, in "Cancioneiro"

É hora de Paz

E fez-se então, a hora da paz
Os povos calaram-se simultaneamente
E ouviram a voz das águas
Das montanhas, da natureza
Dos animais, e nada mais
O ar soprou forte
Fazendo folhas rodopiarem
Ninguém agiu nem falou
Ninguém se moveu
E então,
A humanidade entrou
Na imensidão do silêncio
E vivenciou
A mais perfeita paz
Naquela hora
Nenhuma arma foi accionada
Nenhuma máquina foi ligada
Nenhuma agressão foi cometida
Nenhuma sirene soou
Nenhum alarme disparou
Apenas funcionava
O que da vida cuidava
E, pela primeira vez
A humanidade conheceu a paz

Minutos antes de terminar
Todos estavam armados
Com uma pequena semente
Que ao soar o sinal programado
Foram lançadas à terra

Em todo o mundo
A paz foi semeada
Na Terra
E no coração
De cada um

O sábio que profetizou
A hora da paz
Proclamou à humanidade:
E uma nova linguagem há-de vir
Há-de vir para ficar
Que traduz união
Justiça, igualdade
É a linguagem da paz

Somos todos irmãos
Somos todos iguais
Somos filhos da Terra
Do Sol, da Água, do Ar
Somos todos peregrinos
Por esta Terra a viajar
Entrando para o novo milénio
Com a mais intensa missão
A missão de promover a paz

Uma nova linguagem
Há-de vir
Há-de vir para pacificar
Que traduz a Fé
A esperança, o amor
É a linguagem da paz
Que será falada, sentida, cantada
De norte a sul, de leste a oeste
Em todo planeta terrestre
Ecoará pelos confins da alma
E se expandirá pelo imenso universo
É a linguagem da paz
Que todos conhecerão
Que virá de dentro de cada ser
Para promover a união
Até que um só povo
Um povo multicor
De mãos dadas dançará
Entoando a mais bela canção
Todos a uma só voz
Unidos
Em nome da PAZ


Autor Desconhecido

Rosa Mutável

Quando se abre na manhã,
rubra como sangue está.
O orvalho não a toca
com medo de se queimar.
Aberta à luz do meio-dia
é dura como um coral.
O sol assoma nos vidros
só para a ver fulgurar.
Quando nos ramos começam
os pássaros a cantar,
e quando a tarde desmaia
nas violetas do mar,
torna-se branca, tão branca
como uma face de sal.
E logo que a noite toca
brando corno de metal,
e as estrelas avançam
enquanto se esconde o ar,
no risco fino da sombra,
começa-se a desfolhar.
Garcia Lorca - Rosa Mutável

quarta-feira, 10 de junho de 2009

O bambu chinês

Depois de plantada a semente do bambu chinês, não se vê nada por aproximadamente 5 anos - exceto um diminuto broto. Todo o crescimento é subterrâneo; uma complexa estrutura de raiz, que se estende vertical e horizontalmente pela terra, está sendo construída. Então, ao final do 5º ano, o bambu chinês cresce até atingir a altura de 25 metros.

Muitas coisas na vida pessoal e profissional são iguais ao bambu chinês. Você trabalha, investe tempo, esforço, faz tudo o que pode para nutrir seu crescimento e, às vezes, não vê nada por semanas, meses ou anos. Mas, se tiver paciência para continuar trabalhando, persistindo e nutrindo, o seu 5º ano chegará; com ele virão mudanças que você jamais esperava.


Lembre-se que é preciso muita ousadia para chegar às alturas e, ao mesmo tempo, muita profundidade para agarrar-se ao chão.

A Viagem

Num espantoso conto de Sophia de Mello Breyner Andresen, intitulado "A Viagem", um casal perde-se e procura o caminho certo, percebendo que não pode voltar de novo às encruzilhadas onde escolhera um dos caminhos. É uma viagem "parábola" da nossa vida em que procuramos, tantas vezes, agarrar o que já passou.

No final do conto, quando percebe que tudo vai perder, a mulher já sozinha diz:

"Do outro lado do abismo está com certeza alguém.
E começou a chamar."

"Um homem e uma mulher fazem uma viagem, que poderia ser a viagem da vida.
Percorrem uma estrada e ao chegarem a uma encruzilhada escolhem um caminho, mas a meio desse caminho notam que se enganaram e tentam regressar à encruzilhada, mas já não a encontram e decidem continuar em frente... Chegam outra vez a uma parte da estrada em que têm de optar por uma colina com àrvores ou uma planície e resolvem subir a colina para poderem avistar todos os caminhos e encontrarem o certo para chegarem ao seu destino.
Ao chegar lá avistam um homem e perguntam-lhe pela encruzilhada. O homem diz para esperarem um pouco que logo lhes indicava o caminho. Enquanto esperavam pediram ao homem que lhes indicasse onde podiam beber água. Quando voltaram da fonte, já o homem não estava lá. Decidiram voltar para o carro e ir na direcção que o homem lhes tinha indicado, mas quando chegaram ao lugar onde estava o carro já este havia desaparecido. Resolveram voltar ao lugar da água mas a fonte também já não existia.
Seguiram a estrada e passado algum tempo encontraram uma casa, bateram á porta três vezes porque embora ninguém abrisse eles ouviam vozes dentro da casa. Acabaram por arrombar a porta mas não estava lá ninguém muito embora estivesse o lume acesso e a roupa estendida no arame.
Decidiram voltar à estrada, mas a estrada já não existia, regressaram à casa mas esta tinha desaparecido. A mulher já estava desesperada e cansada, mas o homem insistiu para continuarem.
Várias coisas encontraram pelo caminho mas quando voltavam atrás para ir buscá-las já estas haviam desaparecido.
Chegaram à floresta, encontraram um lenhador que lhes indicou um caminho que mais uma vez não encontraram e quando voltaram para trás e também o lenhador já não se encontrava. Tentaram de novo encontrar a estrada, e mesmo perdidos um sentimento de felicidade tomou conta deles.
Encontraram um rio onde nadaram muito, repousaram naquela terra que se parecia tanto com a terra para onde iam...
Resolveram retomar a longa caminhada e começaram a ouvir vozes mas estas distanciavam-se à medida que eles se aproximavam até deixarem de ouvi-las.
Chegaram ao fim da floresta, já era noite e não havia luz nenhuma a não ser a das estrelas, e aperceberam-se de que estavam perto de um abismo, tentaram seguir um carreiro que havia rente ao abismo mas o homem escorregou e deixou de responder à mulher. Esta tentou seguir o carreiro para procurar o homem, quando já não havia passagem tentou descer o abismo mas não havia como descer e apercebeu-se assim que já não tinha como sair dali e que acabaria por cair..."

O conto “A Viagem” configura-se precisamente como uma alegoria da vida humana e do modo como as pessoas têm de escolher um caminho, ou melhor, como têm de FAZER elas próprias o seu caminho. Através de uma belíssima alegoria Sophia apresenta-nos todos estes problemas no seu conto A viagem. Nele um casal que vai numa estrada é constantemente confrontado com o desaparecimento dos caminhos. Ambos pedem indicações e ajudas mas essas pessoas também desaparecem. Os dois pensam que se enganaram, voltam atrás, tornam a avançar por outros caminhos. Até que chegam a um abismo — simbolicamente o fim da viagem e, portanto, a morte. O homem cai e pouco depois também a mulher irá cair no precipício. Mas, mesmo nesta situação limite a mulher pensa:
— Do outro lado do abismo está com certeza alguém.
E começou a chamar.
Dois temas dominantes se degladiam neste conto: o absurdo e a esperança. No final, vence claramente a esperança. Deste modo, este conto contém uma lição sobre como lidar com o ABSURDO da vida : pressupõe a atitude do crente, de quem acredita que existe alguém depois da morte, mas também demonstra aquilo que Sarte dizia: “não é necessário ter esperanças para fazer”, para criar.
Mesmo perante a falta de sentido que a vida, muitas vezes, nos oferece, o homem tem de inventar a si próprio, tem de criar o seu caminho – tem de inventar o amor porque não há amor já feito.
Eis porque é fundamental essa outra ideia-chave do existencialismo que é a acção.

Também a poesia de Sophia de Mello Breyner Andresen remete o homem para um espaço utópico (ideal e impossível) comparável ao lugar procurado pelo casal que protagoniza o conto alegórico 'A Viagem'.
Eis o lugar ideal para o casal que protagoniza o conto:
"Ali parariam. Ali haveria tempo para poisar os olhos nas coisas. Ali poderiam respirar devagar o perfume das roseiras. Ali tudo seria demora e presença. Ali haveria silêncio para escutar o murmúrio claro do rio. Silêncio para dizer as graves e puras palavras pesadas de paz e de alegria. Ali nada faltaria: o desejo seria estar ali.”
Sophia de Mello Breyner - "A Viagem"

A Pequena Alma

"ERA UMA VEZ, quando nem havia tempo, uma Pequena Alma que disse a Deus:
- Não quero deixar-te.

- Óptimo – disse Deus, com um grande sorriso -, porque não quero que me deixes nunca.

Mas a Pequena Alma não percebeu, porque esse dia era, exactamente, aquele em que a Pequena Alma ia nascer. A Pequena Alma já estava na fila, estava apenas a uns passos da Porta de Saída para a Terra.

- Devo ter medo? – perguntou a Pequena Alma.

- Não, não, não – disse Deus, sorrindo outra vez. – Este é até um dia para estares feliz! É o dia do teu nascimento! Vou estar sempre contigo. Se precisares de mim, só tens de me chamar e vais ver que estou sempre perto.

- EU NUNCA vou esquecer-me de ti. – declarou a Pequena Alma

- Isso é muito bonito, mas não te preocupes, se te esqueceres. Vais ter sempre o Melvin – disse Deus.

- Melvin? Quem é o Melvin? – perguntou a Pequena Alma.

- Um amigo teu muito especial! Melvin é um anjo que concordou em estar contigo durante toda a vida.

- Uaau! – exclamou a Pequena Alma. – Um anjo que nos guarda.

- É verdade! – disse Deus. – Por isso lhes chamamos “anjos da guarda”.

A Pequena Alma estava apenas a um passo da Porta de Saída para a Terra e já não havia ninguém à sua frente.

A Pequena Alma cantava alegremente:

- Vou ter um corpo! Vou ter um corpo!

- Sim, vais! – disse Deus com um grande sorriso.

– Pronto, lá vais tu! Diverte-te! E não te esqueças de me chamar, se precisares!

E foi assim que a Pequena Alma nasceu.

- Agora sou alguém! – cantou a Pequena Alma, no momento em que se tornou bebé. Pareceu choro a todos os que estavam na sala, mas a Pequena Alma estava efectivamente a cantar:

«Já não sou apenas uma alma! Agora tenho um corpo!»"


O texto foi retirado e adaptado do livro “A Pequena Alma e a Terra”, uma parábola para crianças de Neale Donald Walsch.

OLHAR, ESCUTAR, SENTIR - 3 passos Mágicos!

“Então, as três (estrelas) Azuis deslizaram para o interior da gruta e o que viram foi

crianças,
muitas crianças

de todas as raças,
de todas as idades,

com um brilho
extraordinário nos olhos.

- Viemos de todos os cantos da Terra. Alguns já não temos pai nem mãe, outros temos mas é como se não tivéssemos – disse uma delas.

- Ora essa?! Têm ou não têm?perguntou a estrela Azul-Escutar.

- Temos, mas eles falam connosco e não dizem nada, olham para nós, mas na verdade não nos vêem. Nunca têm tempo para nos dar atenção e perceber o que se passa à volta. Correm, correm a toda a hora.

- Amigos!disse a estrela Azul-Sentir. – Estamos aqui para vos ajudar na difícil tarefa de acordar adultos hipnotizados e de lhes ensinar os três passos mágicos!

- Três passos mágicos? – perguntaram as crianças.

- OLHAR, ESCUTAR, SENTIR, como fala o coração, mais vale não te iludires, porque ele tem sempre razão – disseram as três estrelas Azuis em coro.”

(Excerto do livro “O Povo-Luz e os Homens-Sombra – O Planeta Adormecido” de Ana Zanatti.)

Volta!

you tube - Rodrigo Leão - Voltar

Estou cansada...

you tube - estou cansada

Olhos nos Olhos...

you tube - Maria Bethânia - Olhos nos Olhos

terça-feira, 9 de junho de 2009

segunda-feira, 8 de junho de 2009

CONTIGO...

you tube - Giovanni Marradi - With you

Máquina do tempo

O Universo é feito essencialmente de coisa nenhuma.
Intervalos, distâncias, buracos, porosidade etérea.
Espaço vazio, em suma.
O resto, é a matéria.
Daí, que este arrepio,
este chamá lo e tê lo, erguê lo e defrontá lo,
esta fresta de nada aberta no vazio,
deve ser um intervalo.
António Gedeão - Máquina do Tempo

Oh janelas do meu quarto!...

Tenho quarenta janelas
nas paredes do meu quarto.
Sem vidros nem bambinelas
posso ver através delas
o mundo em que me reparto.
Por uma entra a luz do Sol,
por outra a luz do luar,
por outra a luz das estrelas
que andam no céu a rolar.
Por esta entra a Via Láctea
como um vapor de algodão,
por aquela a luz dos homens,
pela outra a escuridão.
Pela maior entra o espanto,
pela menor a certeza,
pela da frente a beleza
que inunda de canto a canto.
Pela quadrada entra a esperança
de quatro lados iguais,
quatro arestas, quatro vértices,
quatro pontos cardeais.
Pela redonda entra o sonho,
que as vigias são redondas,
e o sonho afaga e embala
à semelhança das ondas.
Por além entra a tristeza,
por aquela entra a saudade,
e o desejo, e a humildade,
e o silêncio, e a surpresa,
e o amor dos homens, e o tédio,
e o medo, e a melancolia,
e essa fome sem remédio
a que se chama poesia,
e a inocência, e a bondade,
e a dor própria, e a dor alheia,
e a paixão que se incendeia,
e a viuvez, e a piedade,
e o grande pássaro branco,
e o grande pássaro negro
que se olham obliquamente,
arrepiados de medo,
todos os risos e choros,
todas as fomes e sedes,
tudo alonga a sua sombra
nas minhas quatro paredes.

Oh janelas do meu quarto,
quem vos pudesse rasgar!
Com tanta janela aberta
falta-me a luz e o ar.
António Gedeão - Aurora boreal

sábado, 6 de junho de 2009

Imagens Fantásticas!

Estas bonitas imagens de ondas foram tiradas pelo fotógrafo Clark Little. Ele dedicou a sua vida a fotografar ondas e publicou uma selecção das melhores imagens da sua carreira. Ele capta momentos mágicos dentro do "tubo", como dizem os surfistas.

Aconteceu

you tube - Ana Moura - Aconteceu

terça-feira, 2 de junho de 2009

Vida - uma viagem de trem

Dia desses, li um livro que comparava a vida a uma viagem de trem. Uma comparação extremamente interessante, quando bem interpretada.

Interessante, porque nossa vida é como uma viagem de trem, cheia de embarques e desembarques, de pequenos acidentes pelo caminho, de surpresas agradáveis com alguns embarques e de tristezas com os desembarques...

Quando nascemos, ao embarcarmos nesse trem, encontramos duas pessoas que acreditamos, farão connosco a viagem até ao fim: nossos pais. Não é verdade. Infelizmente, em alguma estação, eles desembarcam, deixando-nos órfãos de seus carinhos, proteção, amor e afecto. Mas isso não impede que, durante a viagem, embarquem pessoas interessantes que virão ser especiais para nós: nossos irmãos, amigos e amores.
Muitas pessoas tomam esse trem a passeio.
Outras fazem a viagem experimentando somente tristezas.
E no trem, há, também, outras que passam de vagão em vagão, prontas para ajudar quem precisa. Muitos descem e deixam saudades eternas.
Outros tantos viajam no trem de tal forma que, quando desocupam seus assentos, ninguém sequer percebe.

Curioso é considerar que alguns passageiros que nos são tão caros acomodam-se em vagões diferentes do nosso. Isso nos obriga a fazer, essa viagem, separados deles. Mas isso não nos impede de, com grande dificuldade, atravessarmos nosso vagão e chegarmos até eles. O difícil é aceitarmos que não podemos sentar ao seu lado, pois outra pessoa estará ocupando esse lugar.
Essa viagem é assim: cheia de atropelos, sonhos, fantasias, esperas, embarques e desembarques. Sabemos que esse trem jamais volta. Façamos essa viagem da melhor maneira possível, tentando manter um bom relacionamento com todos, procurando em cada um o que tem de melhor, lembrando sempre que, em algum momento do trajecto poderão fraquejar e, provavelmente, precisaremos entender isso. Nós mesmos fraquejamos algumas vezes. E, certamente, alguém nos entenderá.

O grande mistério é que não sabemos em qual parada desceremos. E fico pensando: quando eu descer desse trem sentirei saudades? Sim. Deixar meus filhos viajando sozinhos será muito triste. Separar-me dos amigos que nele fiz, do amor da minha vida, será para mim doloroso. Mas me agarro na esperança de que, em algum momento, estarei na estação principal e terei a emoção de vê-los chegar com sua bagagem, que não tinham quando embarcaram.

E o que me deixará feliz é saber que, de alguma forma, eu colaborei para que essa bagagem tenha crescido e se tornado valiosa. Agora, neste momento, o trem diminui sua velocidade para que embarquem e desembarquem pessoas. Minha expectativa aumenta, à medida que o trem vai diminuindo sua velocidade ...

Quem entrará ? Quem sairá ?

Eu gostaria que você pensasse no desembarque do trem, não só como a representação da morte, mas também, como o término de uma história, de algo que duas ou mais pessoas construíram e que, por um motivo ínfimo, deixaram desmoronar. Fico feliz em perceber que certas pessoas como nós, têm a capacidade de reconstruir para recomeçar. Isso é sinal de garra e luta, é saber viver, é tirar o melhor de ?todos os passageiros?

Agradeço muito por você fazer parte da minha viagem e por mais que nossos assentos não estejam lado a lado, com certeza, o vagão é o mesmo.

Autor desconhecido