quarta-feira, 10 de junho de 2009

A Pequena Alma

"ERA UMA VEZ, quando nem havia tempo, uma Pequena Alma que disse a Deus:
- Não quero deixar-te.

- Óptimo – disse Deus, com um grande sorriso -, porque não quero que me deixes nunca.

Mas a Pequena Alma não percebeu, porque esse dia era, exactamente, aquele em que a Pequena Alma ia nascer. A Pequena Alma já estava na fila, estava apenas a uns passos da Porta de Saída para a Terra.

- Devo ter medo? – perguntou a Pequena Alma.

- Não, não, não – disse Deus, sorrindo outra vez. – Este é até um dia para estares feliz! É o dia do teu nascimento! Vou estar sempre contigo. Se precisares de mim, só tens de me chamar e vais ver que estou sempre perto.

- EU NUNCA vou esquecer-me de ti. – declarou a Pequena Alma

- Isso é muito bonito, mas não te preocupes, se te esqueceres. Vais ter sempre o Melvin – disse Deus.

- Melvin? Quem é o Melvin? – perguntou a Pequena Alma.

- Um amigo teu muito especial! Melvin é um anjo que concordou em estar contigo durante toda a vida.

- Uaau! – exclamou a Pequena Alma. – Um anjo que nos guarda.

- É verdade! – disse Deus. – Por isso lhes chamamos “anjos da guarda”.

A Pequena Alma estava apenas a um passo da Porta de Saída para a Terra e já não havia ninguém à sua frente.

A Pequena Alma cantava alegremente:

- Vou ter um corpo! Vou ter um corpo!

- Sim, vais! – disse Deus com um grande sorriso.

– Pronto, lá vais tu! Diverte-te! E não te esqueças de me chamar, se precisares!

E foi assim que a Pequena Alma nasceu.

- Agora sou alguém! – cantou a Pequena Alma, no momento em que se tornou bebé. Pareceu choro a todos os que estavam na sala, mas a Pequena Alma estava efectivamente a cantar:

«Já não sou apenas uma alma! Agora tenho um corpo!»"


O texto foi retirado e adaptado do livro “A Pequena Alma e a Terra”, uma parábola para crianças de Neale Donald Walsch.

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